Estela de Vila Boa
Localização: Vila Boa, S. Bartolomeu do Rego
Construção: (+-) 1700
No lugar de Vila Boa, na freguesia de S. Bartolomeu do Rêgo, pode ver-se junto à residência paroquial, um cruzeiro processional aparentemente igual a tantos outros que se encontram, um pouco, em outras freguesias. Deve ter sido erigido há cerca de 300 anos. Entretanto na pedra que lhe serve de base e suporta a coluna, podemos constatar a existência de letras, cuja forma ainda se distingue, não obstante se encontrarem relativamente apagadas.
Segundo Rogério de Azevedo, em estudo publicado no Onomástico Ibérico, a inscrição de um dos lados é um cântico de louvor ao Deus. Do outro lado está gravado o seguinte:« a onda de sangue também consagrada a Ares até ao limite dos prados inundados.»
Não deixa de ser curioso e difícil de explicar-se o facto de ambas as gravações, embora ditadas em grego, estarem inscritas em caracteres latinos.
Interessante é também uma notação musical que aparece esculpida juntamente com a segunda inscrição e nos leva a deduzir que poderá ser uma dessas melopeias a Ares. Em honra de quem se celebravam no mês de Março, as festas Ambarvales. As procissões percorriam os campos e os sacerdotes benziam as espigas e ofereciam sacrifícios.
J. Pires Baeta apresenta a hipótese da Estela ter feito parte de um monumento constituído por outras pedras que se perderam, erigido com a finalidade de colocar Vila Boa sobre a protecção de deuses com os pelouros da agricultura e da criação de gado. Ora a agricultura e a criação de gado foram as riquezas ancestrais, e continuam a ser, ainda hoje, as fontes económicas quase exclusivas daquela gente.
Diremos, para finalizar, que a Estela foi classificada monumento de interesse público.
Segundo Rogério de Azevedo, em estudo publicado no Onomástico Ibérico, a inscrição de um dos lados é um cântico de louvor ao Deus. Do outro lado está gravado o seguinte:« a onda de sangue também consagrada a Ares até ao limite dos prados inundados.»
Não deixa de ser curioso e difícil de explicar-se o facto de ambas as gravações, embora ditadas em grego, estarem inscritas em caracteres latinos.
Interessante é também uma notação musical que aparece esculpida juntamente com a segunda inscrição e nos leva a deduzir que poderá ser uma dessas melopeias a Ares. Em honra de quem se celebravam no mês de Março, as festas Ambarvales. As procissões percorriam os campos e os sacerdotes benziam as espigas e ofereciam sacrifícios.
J. Pires Baeta apresenta a hipótese da Estela ter feito parte de um monumento constituído por outras pedras que se perderam, erigido com a finalidade de colocar Vila Boa sobre a protecção de deuses com os pelouros da agricultura e da criação de gado. Ora a agricultura e a criação de gado foram as riquezas ancestrais, e continuam a ser, ainda hoje, as fontes económicas quase exclusivas daquela gente.
Diremos, para finalizar, que a Estela foi classificada monumento de interesse público.

Sem comentários:
Enviar um comentário