sexta-feira, 20 de julho de 2007

Castelo de Arnoia


Localização: Freguesia de Arnoia

Castelo de pequenas proporções, mas de uma beleza rude, construída em pedra maciça, nua e preparado para enfrentar a eternidade, este castelo foi moradia por muitos e muitos anos. Foi construído no cimo de um fragoso monte, rodeado de grandes pedras que acentuam a sua beleza natural, composta por terras de montanhas, vales profundos e florestas a perder de vista. Na freguesia de Arnoia, a uns três quilómetros de Celorico de Basto, perdura sobre alcantilado morro de difícil acesso um velho castelo, que, por mal defendido das injúrias do tempo e das pesquisas de quantos o tem suposto avaro guardador dum tesouro do tempo dos mouros, se acha assaz arruinado. Seu nome é, tradicionalmente, castelo de Celorico de Basto; e isto porque a sede do concelho assim chamado esteve naquela freguesia desde a sua instituição ate 1719. De não avantajadas proporções, delimita-lhe o terreiro uma muralha de planta poligonal irregular, adaptada às condições do terreno, e reforçada no lado setentrional por um forte cubelo. Ao sul, muito próximo da única entrada rasgada na muralha, emerge a torre de menagem com porta voltada para o terreiro, a uns dois metros acima do solo, e em cujas faces oriental e ocidental se inserem os topos inicial e terminal da muralha.
Como tantos outros castelos nortenhos, este de Arnoia fez parte do conjunto defensivo do Portugal nascente, à parte esta óbvia circunstância, a sua história não é fértil em sucessos com sulco em memórias ou crónicas. Todavia, esmalta-lha o feito de pundonor cavalheiresco do seu alcaide Martim Vasques da Cunha, o qual, recusando-se D. Dinis, maldosamente, a exonerá-lo do preito que por este castelo fizera à rainha viúva, D. Brites, se dirigiu às principais cortes europeias, em indagações de como deveria honrosamente proceder em tal emergência. Devidamente informado, fez sair do castelo a guarnição, trancou a porta, lançou fogo a uma das
casas e desceu pela muralha em cesto suspenso duma das ameias, assim se exonerando da alcaidaria, mas conservando intacta, ao modo da época, a sua honra de cavaleiro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Dignissimos futuros hoteleiros,

Em hotelaria ha pormenores e/ou referencias que nao se podem esquecer, por exemplo a colocacao de placa de identificacao do colaborador.
Que bem ficava a aquela arvore no interior das muralhas do Castelo de Arnoia!...
E nao digo mais nada...
AARC