segunda-feira, 30 de julho de 2007

Votação Encerrada

Obrigado a todos os participantes.
Em breve apresentaremos os resultados.

terça-feira, 24 de julho de 2007

7 Maravilhas de Celorico de Basto

O curso de Serviço de Andares em Hotelaria está presentemente a trabalhar o tema de vida "Turismo em Celorico de Basto". Este tema surgiu como uma preocupação do grupo em poder demonstrar que no seu concelho existe um vasto património, não só arquitectónico, mas também paisagístico, gastronómico, e de tradições culturais. Reconhecem a existência de um potencial turístico, ainda não muito explorado e como tal, partindo da aprendizagem acerca do que existe em termos de património no concelho, pretendemos divulgá-lo também à população local através de uma actividade prática: a eleição das 7 Maravilhas do Concelho de Celorico de Basto. Sendo assim, iremos fazer no decurso deste mês de Julho a divulgação do património que irá ser sujeito a eleição pela população. A eleição das 7 Maravilhas será nos próximos dias 23 e 24 de Julho. Os resultados serão apresentados na Feira do Artesanato e da Gastronomia, no mês de Agosto. Gostávamos que todos o que acederem a este blog, nos apresentassem as vossas sugestões em relação a este tema e actividade e/ou que fizessem um comentário.
Até breve


A votação decorrerá neste blog até Domingo dia 29 de Julho.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Castelo de Arnoia


Localização: Freguesia de Arnoia

Castelo de pequenas proporções, mas de uma beleza rude, construída em pedra maciça, nua e preparado para enfrentar a eternidade, este castelo foi moradia por muitos e muitos anos. Foi construído no cimo de um fragoso monte, rodeado de grandes pedras que acentuam a sua beleza natural, composta por terras de montanhas, vales profundos e florestas a perder de vista. Na freguesia de Arnoia, a uns três quilómetros de Celorico de Basto, perdura sobre alcantilado morro de difícil acesso um velho castelo, que, por mal defendido das injúrias do tempo e das pesquisas de quantos o tem suposto avaro guardador dum tesouro do tempo dos mouros, se acha assaz arruinado. Seu nome é, tradicionalmente, castelo de Celorico de Basto; e isto porque a sede do concelho assim chamado esteve naquela freguesia desde a sua instituição ate 1719. De não avantajadas proporções, delimita-lhe o terreiro uma muralha de planta poligonal irregular, adaptada às condições do terreno, e reforçada no lado setentrional por um forte cubelo. Ao sul, muito próximo da única entrada rasgada na muralha, emerge a torre de menagem com porta voltada para o terreiro, a uns dois metros acima do solo, e em cujas faces oriental e ocidental se inserem os topos inicial e terminal da muralha.
Como tantos outros castelos nortenhos, este de Arnoia fez parte do conjunto defensivo do Portugal nascente, à parte esta óbvia circunstância, a sua história não é fértil em sucessos com sulco em memórias ou crónicas. Todavia, esmalta-lha o feito de pundonor cavalheiresco do seu alcaide Martim Vasques da Cunha, o qual, recusando-se D. Dinis, maldosamente, a exonerá-lo do preito que por este castelo fizera à rainha viúva, D. Brites, se dirigiu às principais cortes europeias, em indagações de como deveria honrosamente proceder em tal emergência. Devidamente informado, fez sair do castelo a guarnição, trancou a porta, lançou fogo a uma das
casas e desceu pela muralha em cesto suspenso duma das ameias, assim se exonerando da alcaidaria, mas conservando intacta, ao modo da época, a sua honra de cavaleiro.

Jardins de Camélias



Localização: Jardins públicos e privados (casas solarengas)



No nosso concelho respiram-se camélias de várias cores, formas e feitios. E não é por acaso. Foi no Porto que esta planta asiática fez, no início do século XIX, a sua entrada oficial no nosso país; e foi do Porto que partiu para conquistar todo o norte de Portugal e mesmo a Galiza. Hoje em dia a camélia é uma presença abundante nos nossos jardins e um dos traços mais característicos da fisionomia dos Jardins das Casas Solarengas de Basto. O acervo de camélias plantado pela Câmara Municipal nos jardins públicos do Concelho é a melhor garantia de que essa grande tradição Celoricense é hoje dignamente perpetuada.
Estas flores são as rainhas do jardim entre Novembro e Maio. "O perfume delas é talvez a cor", escrevia o poeta Pedro Homem de Mello a propósito das camélias. Planta de origem distante, prefere a sombra à luz da manhã, que povoa os jardins públicos e privados de Celorico desde há muitas décadas. Continua a ser uma referência para os admiradores dos arbustos e árvores que, como as magnólias, escolheram o fim do Inverno para exibirem as flores de diversas cores: desde a brancura plena ou o mais rubro dos rubros.
Associada a critérios de elegância e aristocracia perdeu muito da sua popularidade pelos fins século XIX. Mesmo assim, soube iludir a crise, o esquecimento: nada a fez desistir de florir entre as ruínas de castelos, casas solarengas e jardins de casas antigas.
Há um reviver da jardinagem e do culto da camélia. Todos anos, em Março, a Empresa Municipal de Celorico de Basto promove o Festival das Camélias, que pretende atrair a atenção dos turistas, não só para os vários tipos desta flor, mas também para as inúmeras particularidades concelhias, como é o caso da gastronomia e da arquitectura presente em casas senhoriais do concelho. Entre elas, estão a Casa de Canedo e a Casa de Campo, ambas com jardins românticos onde a camélia é a personagem principal. Esta flor tão típica, que dá vida às japoneiras, é já um símbolo da região minhota e tem em Celorico de Basto uma das mais antigas plantações da Península Ibérica.

Festas, Feiras e Romarias


Festas do Concelho
- Sra. das Candeias, Fevereiro em Veade
- Sra. da Oliveira, Agosto em S. Clemente
- Sta Eufémia (Sra da Rosa), Setembro em Agilde
- S. Bartolomeu do Rego, Agosto no Rego
- S. João Batista, Junho em Arnoia
- Santa Maria, Agosto em Borba da Montanha
- S. Pedro, Junho em Britelo
- S. Tiago, Julho em Britelo
- Sra. do Viso, Setembro em Caçarilhe
- Nossa Sra. de Fátima, Agosto em Canêdo
- Stª Bárbara, Agosto em Carvalho
- Sto André, Agosto em Codessoso
- Frei Bernardo, Julho em Corgo
- Sra. do Calvelo, Agosto em Fervença
- Sra. da Goma, Domingo de Pascoela em Gagos
- S. Caetano, Agosto em Gagos
- Sto André, Junho em Molares
- Clamor da Roda (Sta Maria Madalena), Julho em Vale de Bouro
Festivais de Ranchos Folclóricos
Feiras Quinzenais e Anuais
Feiras Quinzenais
• Freguesia de Carvalho
Todos os dias 13 e 20 de cada mês
• Freguesia de Lameira
Todos os dias 4 e 21 de cada mês
• Freguesia de Fermil
Todos os dias 8 e 19 de cada mês
Feiras Anuais
• Freguesia de Carvalho
Dia 13 de Junho
• Freguesia de Lameira
Dia 21 de Agosto
• Freguesia de Fermil
Dia 19 de Abril

Gastronomia Típica





Pratos Regionais, Doçaria e Vinho Verde

  • Arroz de Cabidela - Pica no Chão à moda de Celorico
  • Vitela assada com arroz de forno
  • Bacalhau à Freixieiro
  • Couves com feijão e toucinho
  • Bolinhos de Bacalhau
  • Bôla de Presunto à moda de Celorico
  • Presunto e Enchidos
Doçaria
  • Cavacas de S. Clemente
  • Pão de ló à moda de Fervença
  • Rosquilhos
  • Galhofas
  • Aletria do Castelo
  • Mel
Vinho Verde
  • Branco
  • Tinto
  • Rose
  • Espumante tinto
  • Aguardente

Ponte de Arame



Localização: Lourido, Freguesia de Arnoia
Construção: Datada de 1926/7 (a actual)


Quem vier por Amarante, serpenteando a estrada por Codessoso até à Vila de Celorico, encontrará um desvio ao lado direito que dá acesso ao lugar de Lourido. Trata-se de uma pequena povoação situada na margem direita do rio Tâmega que pertence à freguesia de Arnoia. O encerramento da linha de caminho-de-ferro deixou a estação de Lourido abandonada e as populações, que deste meio se serviam para as suas deslocações para o exterior. Contra este isolamento sempre lutaram as populações do lugar que, ontem como hoje, encontram na ponte de arame sobre o rio Tâmega, o meio de passagem e contacto com a vizinha localidade de Rebordelo, do concelho de Amarante e localizada na outra margem do Tâmega. Esta pitoresca ponte é constituída por cabos de arame entrançado e um estrado em madeira, suspensa sobre o rio Tâmega. A sua travessia é, para os principiantes uma tremenda aventura. Apesar do seu ar frágil e balouçar de forma pronunciada, não há registo de nenhum acidente ou queda na ponte. Por ela passaram e passam, pessoas e gado, mercadorias, utensílios de lavoura e faz as delícias dos “motoqueiros” na actualidade. A actual ponte, construída por volta de 1926/27, não é primitiva. A anterior, mais estreita, teria sido construída nos finais do séc. XIX e foi deitada abaixo pelos “Galinhas” de Codessoso, a mando da tropa de Amarante “...por receio que os de Vila Real por ali passassem”, como nos conta o Sr. Joaquim de Carvalho, de 84 anos, natural e residente no lugar de Lourido e que bem se lembra do acto. Os de Rebordelo utilizaram a ponte para vir a Celorico à feira e mercado, comprar gado e namorar as raparigas. Os de Lourido, Codessoso e até da Vila não lhes ficaram atrás. Hoje, são inúmeras as famílias que se constituíram entre as pessoas de um e outro lado da ponte. A ponte de arame de Lourido continua firme e mantém hoje as mesmas funções de intercâmbio entre as duas margens do rio.

Casa do Prado


Localização: Vila de Celorico de Basto, Britelo
Construção: Século XVIII


Casa nobre do século XVIII, foi posteriormente remodelada no século XIX, apresentando um aprazível conjunto de lindíssimos jardins, dos mais belos desta vila. Foi propriedade inicial da família Pinto Dá Mesquita, tendo sido adquirida pela Câmara Municipal há alguns anos atrás, de modo a integrar um projecto de reabilitação urbana e cultural.
Construída, segundo os hábitos locais, de modo a tirar partido do forte desnível do terreno, apresenta diversas fachadas de configuração muito diferente, todas elas pintadas de amarelo. A norte, uma esplanada permite o acesso directo ao andar nobre, a sul, em nível inferior, ergue-se uma torre ameada (provavelmente do século XVIII), e voltada a leste, ergue-se a imponente fachada nobre (destaca-se, sobre a entrada, uma varanda corrida decorada com azulejos de excelente qualidade) aparentada com o estilo da “Antiga Casa Portuguesa” que o arquitecto Raul Lino desenvolveu na década de 1900, e que ilustra uma concepção de solar senhorial que não é próprio da região de Basto, mas que mais faz lembrar, as célebres casas nobres citadinas, onde se estabelecia uma ligação dos salões com os jardins, que eram célebres, numa associação de conforto e beleza.

Ponte de Matamá


Localização: Freguesia de Veade


A Ponte de Matamá situa-se na freguesia de Veade, sobre um vale profundo onde desce a ribeira de Veade, pouco antes da estação de Mondim de Basto. Construída para dar seguimento à linha de caminho de ferro do Vale do Tâmega, ligava Livração ao Arco de Baúlhe. Com o encerramento desta linha-férrea a ponte deixou de ter utilidade. Esta ponte é constituída por seis arcos e constitui a maior ponte de granito construída de Portugal, em pedra.

Biblioteca Municipal Prof. Marcelo Rebelo de Sousa




Localização: Quinta de S. Silvestre, Freguesia de Gémeos







A Biblioteca Municipal é um espaço aberto a todos, constituído por átrio, recepção, sala infantil, sala de adultos, auditório e núcleos museológicos. Possui uma colecção de cerca de 45.000 documentos em diversos suportes. POLO 1 e Capela - Exposições Temporárias - Espaço destinado a realizar exposições de curta duração. POLO 2 – Núcleo de Imprensa de Celorico de Basto - É constituído por um conjunto de máquinas, adquiridas pela Câmara Municipal, a uma antiga tipografia do concelho.
Pode ainda aceder ao fundo da imprensa local constituído por alguns dos jornais publicados neste concelho. POLO 3 - Núcleo Museológico de Arqueologia - Arqueologia do Concelho constituído por artefactos encontrados no concelho.

Mosteiro de S. Bento de Arnoia



Localização: Freguesia de Arnoia
Construção: Séc. X




O Mosteiro de Arnoia foi construído em 995 (séc. X). Quem o mandou construir foi D. Arnaldo de Baião que era casado com uma senhora chamada Utfa. Aqui viveram, até 1834, os Frades da Ordem de São Bento. Nessa data, por determinação de Joaquim António de Aguiar (O Mata Frades), ministro de D. Maria II, foram extintas as Ordens Religiosas. Nos claustros do Mosteiro encontra-se o túmulo de Múnio Moniz, um dos que ajudou, em 1034, na construção do Mosteiro, bem como uma pia Baptismal muito antiga. Aquele espaço serviu em tempos para sepultar os monges beneditinos. O velho Mosteiro esteve fechado mais de 30 anos e foi Geraldo da Cunha, Brasileiro rico, que fundou a Santa Casa da Misericórdia, ali instalando o Hospital numa parte do Convento. Umas vezes bem, outras mal, o Hospital funcionou até à inauguração do Centro de Saúde, em Fevereiro de 1982.
Com bastante trabalho e lutando contra muitas forças contrárias, o Provedor Pe Gonçalves de Carvalho fundou o Lar D. Maria Olímpia Mota Guedes. Actualmente, o Lar tem em funcionamento quatro valências: Lar de 3ª Idade; Apoio Domiciliário e Jardim-de-infância.

Núcleo Museológico do Planalto da Lameira





Localização: Rego, Planalto da Lameira






Os bens materiais são bens materiais e culturais que herdamos dos nossos antepassados, temos consciência que o uso que deles fizermos será garantia daquilo que valemos.
A freguesia do Rego dá mostras de saber preservar o seu legado, revalorizando-o, mostrando ter orgulho nas suas raízes, e com muito esforço está a dar a conhecer a sua história, dando um exemplo que por todos devia ser seguido.
A Junta de freguesia em parceria com a Câmara Municipal, fez aproveitamento do seu património natural aliando-o ao cultural, e nas margens do rio Bugio restauraram uma antiga azenha, criando nela o Núcleo Museológico. Recuperaram moinhos antigos, beneficiaram as margens do rio, bem como criaram infraestruturas de acesso. No Museu encontramos uma exposição temática de arqueologia, um alambique/adega, uma serração de madeiras com alguns exemplares de arados em madeira e uma moagem com duas mós.

Igreja Matriz de Ribas




Localização: Freguesia de Ribas



Dista 17 km da sede do concelho topónimo deriva da configuração do terreno.
Pertenceu aos cónegos Regrantes de Santo Agostinho, passando a comenda da Ordem de Cristo no tempo do rei Cardeal D. Henrique e, finalmente, a reitoria do Ordinário.
É muito antiga a capela-mor da Igreja matriz, a única peça que resta do antigo convento cuja fundação se atribui a Frei João Ovelheiro, que foi Arcebispo de Braga e peça proeminente no jogo da formação e consolidação da Nacionalidade, primeiro prior do mosteiro foi D. Mendo, que veio de Santa Cruz, em Coimbra.
A citânia do Ladário reúne vestígios arqueológicos ainda não completamente explorados. Em antigos documentos relativos a esta freguesia mencionavam-se Pedra Escrita” e “Pala de Maria” não localizadas.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Casa de Travassinhos






Localização: Cruz de Baixo, Arnoia
Construção: Séc. XVII / XVIII





Casa construída no final do Século XVII. Tem um portão armoriado, que é um dos mais belos exemplares desta região minhota.
Possui um belo frontão de armas e uma capela que não se encontra no seu sítio original, embora tenha sido transladada para o local onde se encontra actualmente.
Na pedra de armas, estão representados os apelidos da família Pimenta Ramos, primitiva senhora da casa e possuidora de antigas cartas de brasão de armas. Por casamento realizado em 1771, entre D. Margarida Clara Pimenta de Faria e Magalhães, desta casa, e Francisco Lopes Coutinho da Cunha, da casa da Arnoia, deste concelho, veio a Casa de Travassinhos, por sucessivas gerações, a pertencer ao erudito historiador mediavista Dr. Carlos de Melo e Faro da Cunha Coutinho.

Casa do Souto






Localização: Freguesia de S. Clemente
Construção: Séc. XVIII







Possui este grandioso solar com brasão, uma linda capela com torre e sineira e um encantador jardim, pertenceu ao Visconde de S. Clemente.
Possivelmente construída no séc. XVIII, tem este solar 27 quartos e antes de sofrer a última reconstrução de bom gosto arquitectónico, teve 365 janelas. É actualmente utilizada para o turismo de habitação.

Igreja Matriz de Veade



Localização: Freguesia de Veade
Construção: Vestígios do período romano, reedificada em 1732










Esta Igreja é românica da qual há muitos vestígios que documentam esse tempo nomeadamente, várias pedras que neste momento se encontram em exposição no pequeno museu da sacristia paroquial.
Na entrada principal da Igreja podemos ler a seguinte inscrição: “Esta Igreja mandou reedificar de novo comendador Fr. Martim Álvaro Pinto da Fonseca e Sousa da Casa de Cavilhe do ano 1732”.
Esta igreja paroquial tem 2 altares laterais e o altar-mor que são de grande valor artístico, em madeira dourada, em muito bom estado de conservação do período da renascença.
Ficaram ainda alguns vestígios do período românico na parte do corpo da igreja no que diz respeito aos cachorros que suporto à cornija do corpo da igreja A igreja possui umas das entradas em granito, que segundo alguns cultores são do período de Mozarebe.
No lugar do Calvário, (e assim se chama esse lugar por existir varias cruzes do calvário completo de obra de arte), existem duas das cruzes tem em relevo os cravos, um martelo e outros instrumentos da crucificação.
A cruz principal, dita da ressurreição repete os símbolos e tem na base a representação de um ataúde ou esquife a representar a sepultura de Jesus antes da ressurreição.
No lugar da cruz das aves existe uma outra cruz em granito também com vários relevos na base dos quais existia um cofre para aí depositar as esmolas pelas almas.
O cruzeiro paroquial é de grande valor artístico mas foi reconstruído.

Estela de Vila Boa



Localização: Vila Boa, S. Bartolomeu do Rego
Construção: (+-) 1700





No lugar de Vila Boa, na freguesia de S. Bartolomeu do Rêgo, pode ver-se junto à residência paroquial, um cruzeiro processional aparentemente igual a tantos outros que se encontram, um pouco, em outras freguesias. Deve ter sido erigido há cerca de 300 anos. Entretanto na pedra que lhe serve de base e suporta a coluna, podemos constatar a existência de letras, cuja forma ainda se distingue, não obstante se encontrarem relativamente apagadas.
Segundo Rogério de Azevedo, em estudo publicado no Onomástico Ibérico, a inscrição de um dos lados é um cântico de louvor ao Deus. Do outro lado está gravado o seguinte:« a onda de sangue também consagrada a Ares até ao limite dos prados inundados.»
Não deixa de ser curioso e difícil de explicar-se o facto de ambas as gravações, embora ditadas em grego, estarem inscritas em caracteres latinos.
Interessante é também uma notação musical que aparece esculpida juntamente com a segunda inscrição e nos leva a deduzir que poderá ser uma dessas melopeias a Ares. Em honra de quem se celebravam no mês de Março, as festas Ambarvales. As procissões percorriam os campos e os sacerdotes benziam as espigas e ofereciam sacrifícios.
J. Pires Baeta apresenta a hipótese da Estela ter feito parte de um monumento constituído por outras pedras que se perderam, erigido com a finalidade de colocar Vila Boa sobre a protecção de deuses com os pelouros da agricultura e da criação de gado. Ora a agricultura e a criação de gado foram as riquezas ancestrais, e continuam a ser, ainda hoje, as fontes económicas quase exclusivas daquela gente.
Diremos, para finalizar, que a Estela foi classificada monumento de interesse público.

Casa do Outeiro

Localização: Freguesia de Veade
Construção: Princípios do Séc. XVI


Desconhece-se a primitiva traça desta antiga casa, a qual já existia nos princípios do séc. XVI, sendo seu proprietário, à data, Francisco Gonçalves.
Tendo sofrido um incêndio que a destruiu quase na totalidade, aí por 1860, a velha casa sofreu um restauro ao gosto da época, ordenado pelo então proprietário Inácio Xavier Teixeira de Barros.
Bela casa setecentista composta de dois pisos, à excepção da torre de ameias, com três, possui no centro, ao alto, uma pedra de armas representando as insígnias das famílias Teixeira, Macedo, Barros Carvalho. Do conjunto faz ainda parte o jardim e sua balaustrada de granito. As janelas, de sacada, do andar nobre apresentam guardas em ferro. Esta casa foi nomeada como sendo de
interesse público.
É hoje propriedade do Eng. Agrónomo Inácio Xavier de Barros Teixeira Coelho, casado com sua prima D. Maria Teresa de Barros Teixeira da Mota, e neto do proprietário que procedeu à sua restauração na segunda metade do séc. XIX.

Casa do Campo





Localização: Freguesia de Molares
Construção: XVIII






Esta casa esteve sempre na posse da família Meireles Pereira Leite Teixeira Coelho.
Na geração anterior, foi pertença do Dr. Francisco de Meireles Pereira Leite Teixeira Coelho, figura marcante da política social em Celorico de Basto e o lavrador mais evoluído da metade do século.
Nela funcionou uma exploração agrícola intensiva, com fábrica de manteiga e queijo e, a partir de 1953, uma indústria de engarrafamento de vinho, que se mantém através dos seus filhos.
Construído no séc. XVIII, verdadeiro solar português, com eira e alpendre em frente da casa e com um maravilhoso portão de granito com cruz e pirâmides vazadas (raras em granito).
A sua capela é formosíssima jóia da renascença com santos da época mais populares, com destaque especial para a Padroeira, Nossa Senhora da Abadia. O Breve de Instituição desta Capela é de 1763 e é das poucas capelas particulares que continua com o Santíssimo Sacramento.
Tem um jardim de camélias, dos mais famosos da Europa, segundo Santana Dionísio, e dizem os mais célebres botânicos, que a mais velha japoneira (cameleira) portuguesa existe na esquina do jardim. Actualmente é utilizada como Turismo de Habitação.

Casa de Canedo Barreiro





Localização: Freguesia de Canedo de Basto
Construção: Séc. XVII







A Casa de Canedo, localmente conhecida por Casa do Barreiro, é um solar rústico do séc. XVII, centro de uma exploração agrícola e florestal de cerca de 40 hectares. Está situada num vale sossegado da região de Basto, famosa pela sua beleza paisagística e pelos seus vinhos, de onde se avistam os contrafortes da Serra do Marão que, do outro lado do rio Tâmega, ali terminam no cume da Senhora da Graça.

Casa da Boavista




Localização: Freguesia de Veade
Construção: 1500, reedificada em 1781





Desconhecendo-se por quem e quando foi mandada edificar a primitiva Casa da Boavista. No entanto, nos seus arquivos aponta a sua existência em tempos anteriores a 1500.
A casa foi reedificada em 1781 e nessa data foi-lhe concedida a carta de armas, a qual se encontra na posse do seu actual proprietário.
Possui esta casa uma capela e formam conjunto o exemplar mais perfeito da região de Basto do puro estilo barroco, do século XVIII.
O acesso ao andar nobre é feito por uma larga e bem lançada escadaria, ao cimo da qual e cravada na frontaria se encontra a sua pedra de armas com os apelidos de Teixeira, Carvalho, Pinto, Mesquita, tendo ao centro um escudo de Barros, que são a mesma família da nobre e também antiga Casa do Outeiro, na mesma freguesia e muito próximo, e da Cruz, na freguesia de Gagos.
Solar da Família Osório de Aragão, com a representação directa do seu actual proprietário D. Manoel Osório de Aragão, casado com Dona Maria Carolina de Moura Coutinho Machado de Carvalho, da casa Lage, em S. Miguel de Gémeos.

Alto Sra Do Viso







O







Alto da Senhora do Viso está isolado no topo de um outeiro pontuado por grandes afloramentos graníticos, dominando toda a envolvente com excepcional domínio visual sobre a bacia do rio Tâmega. Está rodeada de terrenos de pastagem, com algumas manchas de pinheiros. A capela está envolvida por um térreo cerrado por um muro de pedra, suportado por alta plataforma de granito, com acesso pela escadaria frontal e rampa, com dois degraus no lado Oeste. A 250m para Norte estende-se uma plataforma de parque de merendas com mesas e bancos de pedra e ainda, um coreto de cimento onde actuam as bandas nos dias de festa. No cruzamento de caminhos que descem da Capela, ergue-se um Cruzeiro.
O alto da Senhora do Viso é um local muito visitado por devotos da Senhora do Viso, com uma magnífica paisagem que pode ser visitado na freguesia de Caçarilhe.
O seu nome vem-lhe do monte em que se ergue a ermida. Julga-se que já no tempo dos Romanos, este local servia de posto de vigia e de transmissão de missivas por meio de fogueiras.

Casa da Lage








Localização: S. Miguel de Gémeos



A antiquíssima Casa da Lage, situada na freguesia de S. Miguel de Gémeos, é segundo a tradição, a casa onde viveu e morreu Álvaro Gonçalves Coutinho, «O Magriço», um dos doze de Inglaterra. O azougado Magriço deslocou-se a Inglaterra, para aí se juntar a mais doze cavaleiros portugueses, onde, após rija peleja, desbarataram igual número de arrogantes fidalgos britânicos, porque estes haviam afrontado outras tantas damas suas compatriotas. Nada há que possa confirmar ou aferir da mistura de factos e lendas, ou se se tratará de um episódio saído simplesmente da imaginação do poeta. O que não restam dúvidas é que Álvaro Gonçalves Coutinho existiu de facto. Era filho de D. Leonor Gonçalves de Azevedo e Gonçalves Vasques Coutinho, descendente do ramo dos Fonsecas, primeiro marechal de Portugal e senhor do Couto de Leomil, na Beira. Terá nascido no Porto, ou em Penedone, ou ainda com mais probabilidade em Trancoso, onde seu pai exerceu o cargo de alcaide-mor. A ligação de Álvaro Gonçalves Coutinho ao Magriço cantado por Camões foi estabelecida por vários autores, mas falta comprovação factual pois nem na Casa da Lage ou outras fontes aparece memória da Permanência por estas bandas do Magriço. Diversos arranjos na capela terão apagado muitos dos vestígios que foram assinalados, nomeadamente o seu túmulo, mas que hoje não podem ser confirmados.
A Casa da Lage sofreu sucessivos restauros e após violento incêndio foi reconstruída nos começos do século. Encontra-se ainda na posse dos seus descendentes, conservando a tradição do seu primeiro e nobilíssimo Senhor, que era filho de Gonçalo Vasques Coutinho, 7.º Senhor de Couto de Leomil, Fonte Arcada, Alcaide Mor de Trancoso e de Lamego, Marechal do Reino e um dos fidalgos mais notáveis do seu tempo.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

7 Maravilhas de Celorico de Basto

Citando a "moderadora".

"Olá de novo!
O curso de Serviço de Andares em Hotelaria está presentemente a trabalhar o tema de vida "Turismo em Celorico de Basto". Este tema surgiu como uma preocupação do grupo em poder demonstrar que no seu concelho existe um vasto património, não só arquitectónico, mas também paisagístico, gastronómico, e de tradições culturais. Reconhecem a existência de um potencial turístico, ainda não muito explorado e como tal, partindo da aprendizagem acerca do que existe em termos de património no concelho, pretendemos divulgá-lo também à população local através de uma actividade prática: a eleição das 7 Maravilhas do Concelho de Celorico de Basto. Sendo assim, iremos fazer no decurso deste mês de Julho a divulgação do património que irá ser sujeito a eleição pela população. A eleição das 7 Maravilhas será nos próximos dias 23 e 24 de Julho.
Os resultados serão apresentados na Feira do Artesanato e da Gastronomia, no mês de Agosto.

Gostávamos que todos o que acederem a este blog, nos apresentassem as vossas sugestões em relação a este tema e actividade e/ou que fizessem um comentário.

Até breve"

A votação decorrerá na rua e também neste blog nas mesmas datas.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Bem Hajam!!

É com muita alegria que participo neste espaço, que espero que seja um espaço de reflexão, debate de ideias e de divulgação das competências que adquiriram e que venham a adquirir na Formação.
Fico a aguardar as vossas ideias :)