quinta-feira, 2 de agosto de 2007

As 7 Maravilhas de Celorico de Basto são....

As 7 Maravilhas do Concelho de Celorico de Basto são:

- Castelo de Arnoia (265 votos)

- Biblioteca Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa (229 votos)

- Casa do Prado (226 votos)

- Mosteiro de Arnoia (214 votos)

- Alto da Sra. do Viso (197 votos)

- Ponte de Arame em Lourido (165 votos)

- Jardins das Camélias (147 votos)

A votação de rua foi feita junto ao Edifício do Centro de Formação Qualidade Basto, nos dias 23 e 24 de Julho das 9 às 17h. Foram realizadas 325 votações válidas. Dez votos foram anulados, pois não cumpriram com as regras para a eleição das Maravilhas. A votação on-line no Blog foi realizada do dia 23 ao dia 29 de Julho onde foram contabilizadas 67 votações válidas.

Os formandos do curso de Serviço de Andares agradecem a todos quantos participaram nesta actividade e esperam que tenham contribuído para a divulgação do nosso património, que é a essência das nossas origens e traduzem um pouco aquilo que nós somos hoje e que temos a obrigação de preservar.

Castelo de Arnoia


Localização: Freguesia de Arnoia

Castelo de pequenas proporções, mas de uma beleza rude, construída em pedra maciça, nua e preparado para enfrentar a eternidade, este castelo foi moradia por muitos e muitos anos. Foi construído no cimo de um fragoso monte, rodeado de grandes pedras que acentuam a sua beleza natural, composta por terras de montanhas, vales profundos e florestas a perder de vista. Na freguesia de Arnoia, a uns três quilómetros de Celorico de Basto, perdura sobre alcantilado morro de difícil acesso um velho castelo, que, por mal defendido das injúrias do tempo e das pesquisas de quantos o tem suposto avaro guardador dum tesouro do tempo dos mouros, se acha assaz arruinado. Seu nome é, tradicionalmente, castelo de Celorico de Basto; e isto porque a sede do concelho assim chamado esteve naquela freguesia desde a sua instituição ate 1719. De não avantajadas proporções, delimita-lhe o terreiro uma muralha de planta poligonal irregular, adaptada às condições do terreno, e reforçada no lado setentrional por um forte cubelo. Ao sul, muito próximo da única entrada rasgada na muralha, emerge a torre de menagem com porta voltada para o terreiro, a uns dois metros acima do solo, e em cujas faces oriental e ocidental se inserem os topos inicial e terminal da muralha.
Como tantos outros castelos nortenhos, este de Arnoia fez parte do conjunto defensivo do Portugal nascente, à parte esta óbvia circunstância, a sua história não é fértil em sucessos com sulco em memórias ou crónicas. Todavia, esmalta-lha o feito de pundonor cavalheiresco do seu alcaide Martim Vasques da Cunha, o qual, recusando-se D. Dinis, maldosamente, a exonerá-lo do preito que por este castelo fizera à rainha viúva, D. Brites, se dirigiu às principais cortes europeias, em indagações de como deveria honrosamente proceder em tal emergência. Devidamente informado, fez sair do castelo a guarnição, trancou a porta, lançou fogo a uma das
casas e desceu pela muralha em cesto suspenso duma das ameias, assim se exonerando da alcaidaria, mas conservando intacta, ao modo da época, a sua honra de cavaleiro.

Biblioteca Municipal Prof. Marcelo Rebelo de Sousa




Localização: Quinta de S. Silvestre, Freguesia de Gémeos







A Biblioteca Municipal é um espaço aberto a todos, constituído por átrio, recepção, sala infantil, sala de adultos, auditório e núcleos museológicos. Possui uma colecção de cerca de 45.000 documentos em diversos suportes. POLO 1 e Capela - Exposições Temporárias - Espaço destinado a realizar exposições de curta duração. POLO 2 – Núcleo de Imprensa de Celorico de Basto - É constituído por um conjunto de máquinas, adquiridas pela Câmara Municipal, a uma antiga tipografia do concelho.
Pode ainda aceder ao fundo da imprensa local constituído por alguns dos jornais publicados neste concelho. POLO 3 - Núcleo Museológico de Arqueologia - Arqueologia do Concelho constituído por artefactos encontrados no concelho.

Casa do Prado


Localização: Vila de Celorico de Basto, Britelo
Construção: Século XVIII


Casa nobre do século XVIII, foi posteriormente remodelada no século XIX, apresentando um aprazível conjunto de lindíssimos jardins, dos mais belos desta vila. Foi propriedade inicial da família Pinto Dá Mesquita, tendo sido adquirida pela Câmara Municipal há alguns anos atrás, de modo a integrar um projecto de reabilitação urbana e cultural.
Construída, segundo os hábitos locais, de modo a tirar partido do forte desnível do terreno, apresenta diversas fachadas de configuração muito diferente, todas elas pintadas de amarelo. A norte, uma esplanada permite o acesso directo ao andar nobre, a sul, em nível inferior, ergue-se uma torre ameada (provavelmente do século XVIII), e voltada a leste, ergue-se a imponente fachada nobre (destaca-se, sobre a entrada, uma varanda corrida decorada com azulejos de excelente qualidade) aparentada com o estilo da “Antiga Casa Portuguesa” que o arquitecto Raul Lino desenvolveu na década de 1900, e que ilustra uma concepção de solar senhorial que não é próprio da região de Basto, mas que mais faz lembrar, as célebres casas nobres citadinas, onde se estabelecia uma ligação dos salões com os jardins, que eram célebres, numa associação de conforto e beleza.

Mosteiro de S. Bento de Arnoia



Localização: Freguesia de Arnoia
Construção: Séc. X




O Mosteiro de Arnoia foi construído em 995 (séc. X). Quem o mandou construir foi D. Arnaldo de Baião que era casado com uma senhora chamada Utfa. Aqui viveram, até 1834, os Frades da Ordem de São Bento. Nessa data, por determinação de Joaquim António de Aguiar (O Mata Frades), ministro de D. Maria II, foram extintas as Ordens Religiosas. Nos claustros do Mosteiro encontra-se o túmulo de Múnio Moniz, um dos que ajudou, em 1034, na construção do Mosteiro, bem como uma pia Baptismal muito antiga. Aquele espaço serviu em tempos para sepultar os monges beneditinos. O velho Mosteiro esteve fechado mais de 30 anos e foi Geraldo da Cunha, Brasileiro rico, que fundou a Santa Casa da Misericórdia, ali instalando o Hospital numa parte do Convento. Umas vezes bem, outras mal, o Hospital funcionou até à inauguração do Centro de Saúde, em Fevereiro de 1982.
Com bastante trabalho e lutando contra muitas forças contrárias, o Provedor Pe Gonçalves de Carvalho fundou o Lar D. Maria Olímpia Mota Guedes. Actualmente, o Lar tem em funcionamento quatro valências: Lar de 3ª Idade; Apoio Domiciliário e Jardim-de-infância.

Alto Sra Do Viso







O







Alto da Senhora do Viso está isolado no topo de um outeiro pontuado por grandes afloramentos graníticos, dominando toda a envolvente com excepcional domínio visual sobre a bacia do rio Tâmega. Está rodeada de terrenos de pastagem, com algumas manchas de pinheiros. A capela está envolvida por um térreo cerrado por um muro de pedra, suportado por alta plataforma de granito, com acesso pela escadaria frontal e rampa, com dois degraus no lado Oeste. A 250m para Norte estende-se uma plataforma de parque de merendas com mesas e bancos de pedra e ainda, um coreto de cimento onde actuam as bandas nos dias de festa. No cruzamento de caminhos que descem da Capela, ergue-se um Cruzeiro.
O alto da Senhora do Viso é um local muito visitado por devotos da Senhora do Viso, com uma magnífica paisagem que pode ser visitado na freguesia de Caçarilhe.
O seu nome vem-lhe do monte em que se ergue a ermida. Julga-se que já no tempo dos Romanos, este local servia de posto de vigia e de transmissão de missivas por meio de fogueiras.

Ponte de Arame



Localização: Lourido, Freguesia de Arnoia
Construção: Datada de 1926/7 (a actual)


Quem vier por Amarante, serpenteando a estrada por Codessoso até à Vila de Celorico, encontrará um desvio ao lado direito que dá acesso ao lugar de Lourido. Trata-se de uma pequena povoação situada na margem direita do rio Tâmega que pertence à freguesia de Arnoia. O encerramento da linha de caminho-de-ferro deixou a estação de Lourido abandonada e as populações, que deste meio se serviam para as suas deslocações para o exterior. Contra este isolamento sempre lutaram as populações do lugar que, ontem como hoje, encontram na ponte de arame sobre o rio Tâmega, o meio de passagem e contacto com a vizinha localidade de Rebordelo, do concelho de Amarante e localizada na outra margem do Tâmega. Esta pitoresca ponte é constituída por cabos de arame entrançado e um estrado em madeira, suspensa sobre o rio Tâmega. A sua travessia é, para os principiantes uma tremenda aventura. Apesar do seu ar frágil e balouçar de forma pronunciada, não há registo de nenhum acidente ou queda na ponte. Por ela passaram e passam, pessoas e gado, mercadorias, utensílios de lavoura e faz as delícias dos “motoqueiros” na actualidade. A actual ponte, construída por volta de 1926/27, não é primitiva. A anterior, mais estreita, teria sido construída nos finais do séc. XIX e foi deitada abaixo pelos “Galinhas” de Codessoso, a mando da tropa de Amarante “...por receio que os de Vila Real por ali passassem”, como nos conta o Sr. Joaquim de Carvalho, de 84 anos, natural e residente no lugar de Lourido e que bem se lembra do acto. Os de Rebordelo utilizaram a ponte para vir a Celorico à feira e mercado, comprar gado e namorar as raparigas. Os de Lourido, Codessoso e até da Vila não lhes ficaram atrás. Hoje, são inúmeras as famílias que se constituíram entre as pessoas de um e outro lado da ponte. A ponte de arame de Lourido continua firme e mantém hoje as mesmas funções de intercâmbio entre as duas margens do rio.

Jardins de Camélias



Localização: Jardins públicos e privados (casas solarengas)



No nosso concelho respiram-se camélias de várias cores, formas e feitios. E não é por acaso. Foi no Porto que esta planta asiática fez, no início do século XIX, a sua entrada oficial no nosso país; e foi do Porto que partiu para conquistar todo o norte de Portugal e mesmo a Galiza. Hoje em dia a camélia é uma presença abundante nos nossos jardins e um dos traços mais característicos da fisionomia dos Jardins das Casas Solarengas de Basto. O acervo de camélias plantado pela Câmara Municipal nos jardins públicos do Concelho é a melhor garantia de que essa grande tradição Celoricense é hoje dignamente perpetuada.
Estas flores são as rainhas do jardim entre Novembro e Maio. "O perfume delas é talvez a cor", escrevia o poeta Pedro Homem de Mello a propósito das camélias. Planta de origem distante, prefere a sombra à luz da manhã, que povoa os jardins públicos e privados de Celorico desde há muitas décadas. Continua a ser uma referência para os admiradores dos arbustos e árvores que, como as magnólias, escolheram o fim do Inverno para exibirem as flores de diversas cores: desde a brancura plena ou o mais rubro dos rubros.
Associada a critérios de elegância e aristocracia perdeu muito da sua popularidade pelos fins século XIX. Mesmo assim, soube iludir a crise, o esquecimento: nada a fez desistir de florir entre as ruínas de castelos, casas solarengas e jardins de casas antigas.
Há um reviver da jardinagem e do culto da camélia. Todos anos, em Março, a Empresa Municipal de Celorico de Basto promove o Festival das Camélias, que pretende atrair a atenção dos turistas, não só para os vários tipos desta flor, mas também para as inúmeras particularidades concelhias, como é o caso da gastronomia e da arquitectura presente em casas senhoriais do concelho. Entre elas, estão a Casa de Canedo e a Casa de Campo, ambas com jardins românticos onde a camélia é a personagem principal. Esta flor tão típica, que dá vida às japoneiras, é já um símbolo da região minhota e tem em Celorico de Basto uma das mais antigas plantações da Península Ibérica.

Resultados

21 Finalistas

Votos

Ponte de Arame de Lourido

165

Biblioteca Municipal

229

Casa da Boavista

114

Casa do Campo

139

Casa do Souto

85

Núcleo Museológico do Planalto da Lameira

98

Mosteiro de Arnoia

214

Alto da Sra. do Viso

197

Casa de Canedo

86

Casa do Outeiro

74

Castelo de Arnoia

265

Igreja de Veade

81

Ponte de Matamá

106

Casa da Lage

70

Casa de Travassinhos

95

Casa do Prado

226

Estela de Vila Boa

48

Igreja de Ribas

71

Jardins das Camélias

147

Gastronomia Regional

104

Festas, Feiras e Romarias

130

A votação de rua...